segunda-feira, 25 de abril de 2011

Como encontrar um bom professor de ballet

 

"Tenho plena convicção de que a parte mais importante da preparação de qualquer jovem para a vida e o trabalho é a qualidade de sua educação ou treinamento - em qualquer campo."
Dame Margot Fonteyn, Presidente da Royal Academy of Dance 1954-1991.
Uma vez que você decidiu fazer aulas de Balé, é importante que você encontre bons professores.
 Tenha as seguintes qualidades em mente.

Experiência
Quanto tempo já é professor de dança?  Saiba o que as certificações de dança, se for o caso, ele ou ela tem.
Qualificação
 Certifique-se que o professor está realmente habilitado a ensinar o estilo que foi proposto.
Dedicação
Será que o professor parece verdadeiramente dedicado à dança?  Observe a forma como ele ou ela ensina uma classe. A professora de dança dedicada parece ser completamente apaixonada com a idéia de ensinar aos outros a dança.
Pontualidade
O professor de dança sempre chega correndo para dar as aulas? As aulas continuamente começam mais tarde? A professora de dança tem que ter boa vontade e sempre se esforçar para ser um exemplo de responsabilidade, a responsabilidade é uma característica de um bom bailarino. Se você se sentir como se estivesse sempre em pé esperando o professor, provavelmente é hora de procurar um novo.
Respeito
Você se sente invisível em sua aula de dança? Cada aluno em uma aula de dança deve se sentir importante e respeitado. Mesmo se você está dançando na fila de trás, o professor deve fazer um esforço para fazer contato visual e se comunicar com você. Um professor respeitável presta atenção em cada aluno e corrigi-los individualmente, ajudando-os a construir gradualmente sua técnica. Um bom professor vai respeitar cada um de seus alunos.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Onde nasce o en' dehors...

DentrO grau de rotação externa na articulação femoral é determinado primeiramente pela estrutura óssea, e depois pelas características dos ligamentos articulares. O en dehors normal do ser humano é de 40 a 50 graus em cada uma das articulações femorais, o que soma um ângulo de 80 a 100 graus. Nos pés de um bailarino na 1ª posição, chega a atingir 180º. É importante frisar que essa rotação não é feita dos pés, mas que eles também devem ficar virados para fora, e que ela é vital para todas as atividades de busca por movimentos diversificados.
e os vários movimentos possíveis na articulação femoral, um deles é a rotação externa do fêmur na fossa do acetábulo. Essa concepção é chamada de en dehors.
Ao aproximarmos os ísquios e colocarmos o assoalho pélvico paralelo ao solo, cria-se um espaço para que a rotação externa do fêmur possa acontecer e então consegue-se o en dehors de onde ele deve “nascer”.Os movimentos do quadril são realizados por uma única articulação, a articulação coxofemural: trata-se de uma articulação tipo cabeça e cavidade (cabeça do fêmur com acetábulo, que é o nome dado à cavidade situada na superfície externa do quadril). É nesse ponto que se dá a en dehors.,o grupo conhecido como os seis rotadores, que realiza a função sem ações secundárias importantes. São eles: Piriforme, Obturador interno, Obturador externo, Quadrado femoral, Gêmeo superior, Gêmeo inferior e os auxiliares são: Porção Longa do Bíceps Femoral, Ílio-psoas, Glúteo Máximo e  Sartório. Para obtermos um trabalho completo, é preciso dar importância ao músculo Porção Longa de Bíceps Femoral, pois ele, juntamente com o glúteo, segura o quadril no centro do corpo, possibilitando aos músculos rotadores toda a força do movimento en dehors. Esse trabalho faz com que o bailarino não tenha a musculatura de fora da perna rígida e as de dentro da coxa flácidas.
2. Descrição de uma rotação coxofemoral excessiva

Segundo Blair (2001) os músculos funcionam através do hábito. Uma má mecânica devido a um comprimento inadequado ou excessivo e desequilíbrio de forças provoca dor no quadril, joelho ou coluna. Desenvolvem-se síndromes de uso excessivo, sobrecargas em tecidos moles e dor articular em resposta a sobrecargas anormais contínuas.
Uma rotação excessiva causa desequilíbrios da musculatura do quadril e pode provocar má mecânica do quadril e um   desenvolvimento insuficiente dos rotadores externos produzirá uma inclinação medial do joelho durante o pl . Isso pode causar problemas patelo- femorais, subluxação patelar e tendinite por uso excessivo


3. Identificação dos erros técnicos associados a uma rotação coxofemoral incorreta
  • Desabamento do arco longitudinal medial do arco plantar
  • Joelhos podem não acompanhar a rotação da coxa, exigindo uma rotação além daquela à que o aluno consegue realizar, causando lesões que envolvam a musculatura de quadríceps, rotadores e abdutores.
  • Compensação de peso realizando uma curvatura acentuada em região lombar (ocorrendo então uma hiperlordose).
4.Prática segura
O professor deve explicar ao aluno que cada corpo tem sua genética e que uma musculatura sempre se diferenciará uma da outra. Então deve-se pedir ao aluno que se concentre em sua musculatura e seu corpo; Explicar ao aluno que a rotação dos pés devem sempre acompanhar a rotação dos joelhos, conseqüentemente a da articulação coxofemoral, para que não ocorram compensações de peso como: curvatura acentuada em região lombar (hiperlordose), deslocamento da pelve anterior ou anteriorizaçao das costelas

Fátima Barbosa



Fátima Barbosa

terça-feira, 12 de abril de 2011

A evolução da dança e os novos olhares sobre o corpo que dança


Sabemos que a dança, desde a pré-história, esteve culturalmente presente na humanidade tendo várias etapas e um desenvolvimento segundo os mais diferentes modos de vida. Porém, até o nascimento do ballet, ainda não era uma arte organizada e com fundamentação teórica.

Essa profissionalização vem ocorrer somente no século XV, na Itália, enquanto apresentação artística especificamente construída para o divertimento da aristocracia burguesa (o chamado ballet de corte), logo, tornando-se ícone de riqueza e poder no Renascimento Europeu.

Ganhando novas interpretações[1] no século XVI, o centro de expressão dessa arte migra da Itália à França, onde se desenvolve notoriamente com o apoio do monarca absolutista Luís XIV[2].
                 
Construindo as bases fundamentais que transformaram a Ópera de Paris no centro mundial da dança durante todo o século XVIII, o ballet teatral ganha novas interpretações por intermédio do reformista Jean-Georges Noverre, cuja obra principal, “Lettres sur la Danse et sur les Ballets”, publicada pela primeira vez em 1760, traz uma exposição de leis e teorias do ballet, até hoje considerada a melhor do gênero.

Noverre argumentava que o ballet não era um “mére divertissement”, mas uma arte nobre, destinada à expressão e ao desenvolvimento de um tema. Esta concepção o leva a desenvolver o chamado ballet d'action, ou ballet dramático, em que toda a história (fundamento do ballet teatral - desenvolvida liricamente) passa a ser notoriamente apresentada por meio de gestos.

A inovação de Noverre também é observável em sua posição frente à técnica, por ele vista enquanto pré-requisito para a beleza dos movimentos, o que o leva à insistência quanto ao forte treinamento dos bailarinos. Com muita segurança, desenvolve e aplica regras para a utilização do trabalho de en dehors (fundamento do ballet clássico) por meio de exercícios próprios para a ampliação da extensão e do alongamento das articulações e dos músculos.

Esta preocupação com o desenvolvimento físico passa a ser absorvida com maior intensidade a partir de meados do século XIX, quando, baseado na concepção italiana e francesa, o bailado russo adentra inequivocamente o cenário do bailado internacional com Petipá, primeiro bailarino da Ópera de Paris, que exerceu, durante de mais de meio século, uma verdadeira ditadura coreográfica sobre os ballets imperiais dos czares.

Responsável por montagens que difundiram o estilo próprio do ballet russo, em que “O Lago dos Cisnes” e “A Bela Adormecida”, constituem suas maiores representações, torna-se maitre de ballet em 1862, levando a Rússia ao grande centro do ballet até o início do século XXI.

Diante desta grande representatividade, Serge Diaghilev, grande organizador e diretor do bailado russo no exterior, reúne os melhores bailarinos, mestres, coreógrafos, músicos, pintores e cenógrafos formando uma companhia de extrema amplitude cultural e técnica, que percorre toda a Europa, difundindo a arte clássica com grande maestria, acabando por influenciar toda a cultura européia e da América Latina.

Assim, surgem novas escolas que procuram dar novos sentidos à tradição clássica por meio das concepções inerentes à “dança contemporânea”. É nesse contexto que George Balanchine cria o estilo neoclássico nos Estados Unidos, valorizando a técnica apurada e criando papéis que ressaltavam a mulher alta e longilínea, além dos saltos “olímpicos”, visando demonstrar virilidade e saúde para os homens.
 
Trata-se de uma grande inovação do ballet clássico, que, constituída a partir da década de 30 com a preocupação acerca do movimento perfeito, traz a necessidade da consciência das potencialidades deste corpo, logo, cenário perfeito para o desenvolvimento de técnicas de fortalecimento e flexibilidade corporal, como o desenvolvido por Joseph Pilates.

Executado no chão ou em aparelhos próprios (colchões, molas, barris, círculo mágico, cadeira e o performer pilates) visa melhorar a flexibilidade, condicionamento físico, consciência corporal, equilíbrio e força muscular por meio do controle da respiração, exercícios físicos e alongamento.

Do contato com Rudolf Van Laban no seu retorno à Alemanha após a Primeira Guerra Mundial, as técnicas de ‘Construção Corporal’ passam a ser pioneiramente utilizadas em aulas de dança, o que é reforçado quando de sua emigração aos Estados Unidos em 1926, abrindo estúdio em Nova York e dividindo endereço com o New York City Ballet.

Nos Estados Unidos, o método atraiu imediatamente a atenção do mundo da dança americana. Os melhores dançarinos e companhias, acompanhadas por Martha Graham e George Balanchine, viram-se beneficiados com suas técnicas que aliavam princípios clássicos atenienses, de harmonia e beleza do corpo, com princípios espartanos de resistência e força, essenciais para o equilíbrio perfeito.

É o controle consciente de todos os movimentos musculares do corpo, (...) correta utilização e aplicação dos mais importantes princípios das forças que se aplicam a cada um dos ossos do esqueleto, com o completo conhecimento dos mecanismos funcionais do corpo, e o total entendimento dos princípios de equilíbrio e gravidade aplicado a cada movimento, no estado ativo (PILATES, 1934).


Diante dessa perspectiva, Laban (1978), que dedicou sua vida ao estudo e sistematização da dança em diversos aspectos como criação, notação, apreciação e educação, criou uma técnica que redesenha o espaço para o bailarino e nela libertou o movimento de todas as suas restrições, a partir da observação de que para cada contração muscular havia um relaxamento.

Essa busca inovadora pela harmonia entre corpo e alma na dança, encontra grande representatividade nas pesquisas de Paul Schilder, que trata a imagem do corpo de uma forma até hoje atualizada para os diversos campos de atuação que envolvam o movimento, a atividade física e trabalhos corporais, levando-o a definir este processo em três aspectos: fisiológico, emocional e social.

Podemos entender, então, que o corpo passa a ser compreendido enquanto resumo de suas próprias necessidades, emoções e relações sociais, se expandindo ou contraindo em decorrência de circunstâncias que são psicológicas, influenciadas por fatores sociais e gerenciadas por aspectos fisiológicos.

Assim, é possível concluir que todo o esquema corporal é a imagem tridimensional que todos têm de si mesmos, logo, não estamos tratando de uma mera sensação ou imaginação. Existindo a plena percepção deste corpo, auto-interpretações do bailarino são fundamentais para a compreensão do corpo que dança.

Esta nova maneira de olhar a relação corpo e dança, é plenamente aplicada por Klauss Vianna (1990), bailarino e coreógrafo mineiro, quando cria uma técnica (embora ele mesmo não a considerasse como técnica) visando a construção de meios para que o aluno encontre sua própria forma de dançar. Seu desenvolvimento e sua aplicação o levaram à confirmação de que desequilíbrios emocionais corresponderiam a desequilíbrios posturais, logo:

A primeira coisa que um professor precisa fazer é dar um corpo ao aluno. Mas como é possível dar um corpo a alguém? Só nos lembramos dele quando surge algum problema, alguma dor, uma febre. Para acordar esse corpo é preciso desestruturar, fazer com que a pessoa sinta e descubra a existência desse corpo. Somente aí é possível criar um código que me deram quando nasci e que venho repetindo desde então.
O que proponho é devolver o corpo às pessoas. Para isso peço que elas trabalhem cada articulação, mostrando que cada uma tem uma função e essa função precisa de espaço para trabalhar. Da mesma forma, também a musculatura precisa de espaço: ela se relaciona aos ossos, existe uma troca constante entre essa musculatura e os ossos. Tudo no corpo, na vida, na arte, é uma troca. (VIANNA, 1990, p. 62, 63)

Sobre esta troca, Vianna ainda complementa que:

A energia do cosmo é uma espiral e essa energia se repete no corpo humano. Quando é interrompida, ou quando não temos consciência de sua existência, os movimentos tornam-se aleatórios e perdemos nossa individualidade. Então, quando uma técnica faz com que as pessoas prendam o joelho, apertem a bunda e estufem o peito, sem saber o motivo para isso, sem respeitar a individualidade de cada um, o corpo, deixa de se relacionar com o ambiente, com o universo, com sua própria natureza. Não posso inventar, fabricar movimentos a partir do nada porque tudo tem um sentido muito profundo, tudo tem uma evolução da dança e os novos olhares sobre o corpo que dançarazão maior. Não podemos ficar longe desse circuito energético que é a relação entre microcosmo e macrocosmo. (VIANNA, 1990, p. 63, 64)

Percebendo por meio desses novos olhares a importância fundamental do corpo que dança, bailarinos e professores parecem ter à frente o potencial de desenvolvimento do equilíbrio perfeito entre técnica e tradição, mas, para tanto, torna-se essencial o conhecimento das minúcias fisiológicas que constroem a estrutura do bailado – o trabalho de en dehors. 
                  Fátima Barbosa


segunda-feira, 11 de abril de 2011

Aprender ballet como um hobby



Por que aprender ballet entre todas as formas de dança?




Ballet foi sempre considerada como uma forma de dança única que pode melhorar a coordenação, memória, postura e ritmo. Movimentos envolvidos ajudam uma bailarina a trazer beleza e graça nos movimentos.
Esta forma de dança pode ser aprendido por qualquer pessoa. Uma razão importante pela qual muitas pessoas são atraídas para o ballet é que não só promove o exercício cardiovascular e fortalece os músculos das costas, abdômen, pernas e braços e também tonifica o corpo.
Você pode aprender esta modalidade e ganhar uma mente e corpo saudáveis. Isso pode ser um hobby, você não precisa querer ser um profissional, que é eficaz no desenvolvimento da criatividade, equilíbrio, responsabilidade e foco.
Aqueles que aprendem ballet, é fácil canalizar sua energia na direção certa e de maneira construtiva. Ele vai ajuda-los a aprender a comunicação não-verbal e apreciar a música. O ballet pode ser uma experiência divertida e agradável.
A disciplina que você aprende pode ser aplicada a outros aspectos de sua vida como na escola, no trabalho, nos relacionamentos, ou para uma boa saúde.
Surpreendentemente, alguns anos atrás, alguns engenheiros começaram uma companhia de balé porque, segundo eles, havia muito em comum entre o ballet e a engenharia, tanto quanto dinâmicas estruturais.
Por que não começar com esta forma de dança e fazer disso um hobby vitalizante e divertido?